Apaixonada pelas palavras e por tudo que elas não conseguem expressar

31 jan 2017

Minhas duas coisas favoritas foram sempre muito contraditórias. Sempre fui fascinada pela escrita, pela forma com que as palavras formam frases e essas formam textos. Acho que a escrita é uma espécie de mágica, em que a gente transborda o que sente por meio das letras. Ou pelo menos tentamos. Quantas e quantas frases já foram ditas em diferentes combinações das 26 letras do alfabeto. Parando pra pensar no quanto já foi expressado por meio delas, essas letras parecem ser uma infinidade de opções.

Mas aí vem a minha outra coisa favorita, e o mais difícil de tudo é saber que ela não é passível de tal magia que descrevi. Ela não cabe na escrita. Ela não tem tradução, pode apenas ser sentida.

Sempre fui fascinada pelo amor. Gosto da complexidade que envolve a relação entre as pessoas. Gosto de profundidade, de verdade, de sentimentos expressados sem medo. Gosto de reciprocidade. Mas isso tudo não se descreve (ou talvez o coração até descreva, em forma de sorrisos ou sensações).

Reconheço minha paixão pelas palavras, mas admito que é na falta delas que se esconde o inesquecível. Quanto mais lindo for um sentimento, menos palavras achamos para descrevê-lo. As mesmas 26 letras do alfabeto agora parecem insuficientes. Mesmo usando todas elas, falta coisa pra falar. Sempre vai faltar. O que é verdadeiro é indescritível.

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